terça-feira, 5 de outubro de 2010
Suspensão
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Reunião da CPC
quinta-feira, 29 de julho de 2010
I Encontro Transfronteiriço JS
“O Secretário-Geral da JS, Pedro Delgado Alves, referiu que foi este o seu primeiro acto público enquanto dirigente máximo da JS e que esse facto tinha para si um «especial significado», aludindo ainda à importância dada às temáticas que estiveram na base do encontro no âmbito da moção global de estratégia que apresentou ao XVII Congresso Nacional, onde temas como as relações no espaço ibérico, na ECOSY e na IUSY assumiram um papel relevante.”
Decorreu em Quintanilha – Bragança, entre os dias 23 e 25 de Julho o I Encontro Transfronteiriço JS. Uma organização conjunta entre a concelhia da Juventude Socialista de Bragança e as Juventudes Socialistas de Zamora que reuniu certa de uma centena de jovens para um fim-de-semana não só de trabalho e formação mas também de convívio e camaradagem.
Com o início na Sexta-feira em que os participantes foram acreditados e ambientados com o espaço de montagem de tendas, o dia mais produtivo foi o de Sábado. Depois de um almoço-convívio iniciou-se uma tarde de trabalho. A abertura dos trabalhos esteve a cargo de Nuno Miranda – Coordenador JS Bragança, Ismael Aguado Ferreira – Secretário-geral do agrupamento provincial de Zamora da JSE, Noemi Villagrasa – Secretária do Emprego, Relações Internacionais e para a Iberoamérica da JSE e Pedro Alves – Secretário-geral da JS. De seguida passou-se ao primeiro painel onde foi explicado aos presentes o funcionamento das duas estruturas, a parte da JS de Portugal coube ao Hugo Costa – Presidente da Federação Distrital de Santarém da JS enquanto a parte da JSE foi explicada por Noemi Villagrassa. Depois de uma pausa nos trabalhos passou-se ao segundo painel onde Pedro Alves, Ivo Oliveira – Presidente da Federação Distrital de Vila Real da JS e Presidente da Confederação de Trás os Montes e Alto Douro da JS, Violeta Pedrero – Secretária para a Igualdade e Movimentos Sociais da JS Castela e Leão e Noelia Sanches – Vice Secretária-geral e Secretária para a Formação da JSCyL.
De entre a assistência desataque-se também a presença de Rui Duarte – Presidente da Federação Distrital de Coimbra da JS, João Torres - Presidente da Federação Distrital do Porto da JS e ainda, além dos militantes da Federação de Bragança e de Castela e Leão, militantes das federações de Vila Real, Porto, Leiria, Coimbra, Lisboa e Santarém.
Para finalizar os trabalhos foi servido um jantar convívio durante o qual, a Internacional Socialista, foi entoada nas duas línguas proporcionando, a todos, um momento bastante emotivo. De seguida houve em convívio num bar da localidade onde houve muita descontracção, convívio e camaradagem ao som de música ao vivo.
No último dia, dia dedicado ao PS e PSOE, e depois de um almoço convívio, teve inicio a sessão de encerramento com a participação de Nuno Miranda, Ismael Aguado Ferreira, Vítor Prada Pereira – Presidente da Concelhia do PS Bragança, Álvaro Lopes – Secretário da Junta de Freguesia de Quintanilha, Felix Rodríguez – Secretário-geral de A.L. PSOE Zamora e José Fernandez Blanco – Presidente da Câmara Municipal de Puebla de Sanábria.
No final todos consideravam ter sido uma excelente jornada de trabalho, convívio, troca de experiências e camaradagem. Ficou assumido o compromisso de repetir esta actividade bem como organizar outras entre duas regiões que têm simetrias muito idênticas sendo a desertificação e o emprego jovem as maiores lacunas a resolver com mais urgência.
Da parte da Concelhia da JS de Bragança resta agradecer a todos os que tiveram a capacidade de organizar e participar neste evento e agradecer ainda todos os apoios obtidos e mensagens de felicitações por mais esta actividade.
Ficam também alguns "links" com a notícia desta actividade, relembrando que também estão disponíveis outros "links" na parte superior direita deste blog!
http://www.mdb.pt/noticia/3057
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=215793
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1626087
http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=4187&Itemid=43
sexta-feira, 23 de julho de 2010
XVII Congresso Nacional da JS
Realizou-se, nos passados dias 16, 17 e 18 de Julho, o XVII Congresso Nacional da JS em Lisboa. A concelhia da JS Bragança participou com 2 delegados na reunião magna da estrutura nacional onde foi eleito Pedro Delgado Alves como Secretário-geral da JS para os próximos 2 anos. Congresso este que contou na sessão de encerramento com o actual Secretário-geral do PS e Primeiro-Ministro, José Sócrates, e o Presidente da Câmara de Lisboa António Costa.
Foi apresentada a Moção Global de Estratégia sob o lema “Transformar à Esquerda” acompanhada por mais de 60 Moções Sectoriais, o que revela bem a forma activa como se encontra a JS Nacional. Na senda do que foi discutido recentemente em Bragança por esta Concelhia, Emprego Jovem vai ser a bandeira deste mandato em que se espera contribuir para o aumento de emprego entre os mais jovens bem como a melhora das condições de empregabilidade.
Outra das notas deste Congresso reside no facto da continuidade de Nuno Miranda nos órgãos nacionais, abandonando o cargo de Comissário Político Nacional e assumindo, neste mandato, o cargo de Comissário Nacional. Também André Novo assumirá, pela primeira vez, um cargo na estrutura nacional, uma vez que foi eleito Comissário Nacional.
A concelhia da JS Bragança continua a manter a sua representação nos órgãos nacionais reforçando, ainda mais, a sua presença e participação nas discussões políticas nacionais.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
JS debate "Emprego e Empreendedorismo"
Decorreu, no passado dia 7 de Julho de 2010 mais uma conferência organizada pela concelhia da JS de Bragança. Sobe o tema “Empreendedorismo e Emprego Jovem no Concelho” reuniram-se, como oradores convidados, o Dr. Jorge Humberto Sampaio (Gabinete de Empreendedorismo do I.P.B.), o Dr. Rui Vaz (Presidente do N.E.R.B.A.), o Dr. Alcídio Castanheira (Director do Centro de Emprego de Bragança), Nuno Machado (Jovem Empresário – “Restaurante Académico”) e Márcio Vara (Jovem Empresário – “OldCare Serviços Gerontológicos”). O objectivo essencial desta conferência foi o de dar a conhecer aos presentes as oportunidades de que se dispõe no nosso concelho, tendo como parceiros as entidades convidadas, mas também ouvir o testemunho de dois casos de sucesso de jovens empreendedores a trabalhar no concelho.
O Dr. Jorge Humberto Sampaio deu a conhecer aos presentes o Gabinete de Empreendedorismo do I.P.B. apontando também alguns casos de sucesso em empresas incubadas no seio desse Gabinete. De seguida, o Dr. Rui Vaz apresentou o N.E.R.B.A., história e competências, passando de seguida a explicar um pouco do que os jovens empresário podem encontrar na associação que preside e finalizando a sua intervenção com uma afirmação marcante: “…Ser empreendedor não é só em termos laborais, também no associativismo é necessário ser muito empreendedor…”. De seguida, o Dr. Alcídio Castanheira descreveu à assistência todos os apoios de que os jovens dispõem no Centro de Emprego e apresentando também alguns dados relativos ao nosso concelho entre os quais ressaltamos o facto de 48,5% dos desempregados do nosso concelho serem colocados num novo emprego em menos de 6 meses. O jovem Empresário Nuno Machado falou um pouco sobre a história da empresa e também dos apoios que tem obtido quer da parte do NERBA quer da parte do Centro de Emprego e também das dificuldades em manter a sua empresa no nosso concelho. Já Márcio Vara apresentou a sua empresa explicando aos presentes o tipo de serviço que presta e também falando um pouco sobre a sua constituição e enaltecendo o apoio do Gabinete de Empreendedorismo do I.P.B. visto ser uma das empresas de sucesso ali incubadas. Na parte da intervenção da assistência foram colocadas algumas questões de entre as quais uma, colocada pelo Coordenador da JS Bragança Nuno Miranda, em jeito de desafio às três instituições, da realização de uma feira do emprego no nosso concelho. Desafio esse que foi aceite, tendo sido demonstrada a possibilidade de haver uma organização conjunta por parte dessas instituições para a sua realização. Esta conferência contou com cerca de 50 participantes que consideraram a conferência positiva e bastante útil não só pelas informações prestadas pelas instituições representadas, mas também pelos exemplos de como criar e manter uma empresa no nosso concelho.
*Veja também a reportagem em Localvisão CLICAR AQUI
terça-feira, 29 de junho de 2010
Mudar Bragança
A crise financeira actual que se vive em todo o mundo devia-nos fazer pensar um pouco sobre o grau de sustentabilidade e futuro do nosso país.
Digamos que é necessário mudar a mentalidade portuguesa. O primeiro passo a dar para que isso possa acontecer, é pegar na funcionalidade dos nossos serviços públicos e repensar estrategicamente a sua estrutura, uma vez que, na minha opinião, o sistema público português, está todo ele enviesado e cheio de vícios, que se foram criando e arrastando ao longo do tempo e que infelizmente tornaram o nosso sistema público no que é. Quase que me atrevo a dizer que Portugal é um país de vícios que precocemente se irá transformar num devaneio ibérico peninsular…
Esta pequena introdução serve de mote para falar da realidade da nossa cidade e do nosso distrito.
Urbanisticamente temos de reconhecer que, ao longo destes últimos anos, Bragança sofreu transformações significativas, tornando-a uma cidade mais atractiva a nível cultural e arquitectónico. No entanto, temos que questionar a funcionalidade e sustentabilidade dessas transformações, ou seja, que mais-valias económicas trouxeram? Que sustentabilidade elas asseguram para o futuro?
E aqui questiono eu a visão estratégica dos nossos lideres…
E aqui eu questiono a mentalidade do nosso povo…
Mas pronto, somos pequeninos e continuamos a pensar pequenino…
Confesso, que muitas vezes, me sinto estrangeiro neste país e que não me revejo nesta mentalidade…
Bragança é um distrito que ainda precisa de crescer muito em termos de liderança e visão estratégica. Quando se faz algo deve-se pensar sempre no futuro e não no presente, ou seja, concordo plenamente que se façam obras de remodelação e embelezamento urbanístico, mas não só para agradar ao povo… É preciso apostar em obras sustentáveis a médio e longo prazo, e não a curto prazo, obras que criem ou atraiam riqueza, ou melhor, que sejam uma mais-valia económica para a região.
Economicamente somos um distrito pobre e muito dependente da empregabilidade dos serviços públicos.
O movimento que se vê na cidade é durante o ano lectivo, graças aos estudantes do politécnico, e, no verão, graças aos nossos emigrantes, porque se não fossem estes muitos bares, cafés e restaurantes, certamente, já tinham fechado, e Bragança seria uma cidade cada vez mais parada e sem vida.
Está claro que muita desta dependência tem a ver com o centralismo do litoral, mas vá lá que, depois de tantos anos, alguém teve a coragem de fazer justiça e tornar a auto-estrada entre Bragança e Vila Real uma realidade nordestina.
Sob o meu ponto de vista, esta auto-estrada irá abrir novos caminhos para a transformação económica do nosso distrito, no entanto, é preciso que haja uma visão estratégia e económica sobre as mais-valias que a mesma poderá proporcionar.
Uma estratégia a repensar, por exemplo, é o turismo nordestino. Temos tanta riqueza cultural e paisagística que está tão subaproveitada! Mas para isso é preciso começar a criar bases para o futuro, e as bases a criar estão na mudança de mentalidade de quem lidera, uma vez que não há uma ponte que faça a ligação entre os recursos existentes o empreendedorismo privado.
Esta ponte a que me refiro tem a ver com a existência de uma base de sirva de suporte e que proporcione uma junção entre o empreendedorismo, o marketing, a promoção e a dinamização empresarial. Por quer queiramos quer não, a publicidade, hoje em dia, é a grande arma do negócio. E se nos queremos dar a conhecer teremos que trabalhar nesse sentido, de forma a aproveitar as mais-valias culturais e paisagísticas de que o nosso distrito é portador.
A meu ver o turismo é um negócio a dinamizar no nosso distrito…
O nosso distrito precisa de combater a desertificação que tem sofrido ao longo dos tempos, mas para isso é necessário criar condições de fixação, e sobretudo para os jovens. Parte desse combate é possível, identificando oportunidades e criando condições de êxito para as mesmas, porque acredito que Trás-os-Montes pode tornar-se uma região de referência devido, tal como já referi anteriormente, ao seu enorme potencial cultural e paisagístico.
Talvez a regionalização seja uma mais-valia que se avizinha…
Espero e faço votos para que num futuro próximo, as nossas potencialidades se concretizem e tornem, não só numa mais-valia para o nosso distrito, mas também uma referência a nível nacional.
É preciso mudar… mudar Bragança…
Já agora, porque não pensaremos nisto?
Carlos Miguel
terça-feira, 8 de junho de 2010
A (Des)Organização do Costume
No passado dia 1 de Junho, como todos devem estar recordados, festejou-se o Dia da Criança.
Neste recanto no norte do país é costume juntar as crianças e festejar o dia à grande no recinto desportivo da cidade, com insufláveis e as mais diversas actividades. Coisa que, no entanto, este ano acabou por não acontecer.
Não que os ditos insufláveis não estivessem, mas a má organização, aliada à tentativa de poupar uns “trocos” em transporte, acabaram por se revelar um desastre.
Este ano, decidiu-se, então, levar a animação às escolas, ou melhor, aos Agrupamentos de Escolas, estabelecendo com eles horários. No entanto, a empresa responsável pela distribuição dos insufláveis não tinha sequer conhecimento desses horários estabelecidos entre a Autarquia e as escolas e, como tal, foi colocando os ditos cujos à medida que passava pelos recintos escolares.
Certo é que, com o tempo que demora a colocação e a preparação dos insufláveis, houve escolas - como a da Estacada - que estiveram desde as 9 horas da manhã até à hora de almoço à espera. Com estes contratempos, as crianças acabaram por voltar para a escola pior do que quando saíram, pois imaginem os miúdos quatro horas à espera da animação do seu dia para no fim resultar em… nada.
É, pois, lamentável ver o poder autárquico a menosprezar tanto os jovens. No entanto, quando falamos dos “ainda mais jovens” como são as crianças do Ensino Básico, é ainda mais cruel.
Mas creio que, se uma figura tão populista como calculista como é o Sr. Eng. Jorge Nunes, pensasse que as crianças pudessem votar, tal situação com certeza não se passaria.
Má gestão, má organização e má comunicação, é o que posso dizer. E política para juventude… nem vê-la!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
A "Carta"
Para transformar é preciso agir, mas para agir será necessário conhecer. Trata-se de uma afirmação que não carece de explanação ou demonstração especial, todos a conhecemos, embora nem sempre a pratiquemos. No caso da “Carta das Instalações desportivas e da prática desportiva” vulgarmente conhecida, ou denominada “Carta Desportiva” estamos perante a objectivação e tradução prática daquele princípio.
A planificação é algo de fundamental em todos os parâmetros da vida institucional e do seu trabalho profissional. Dentro de uma estrutura camarária torna-se indispensável essa planificação de forma a não se cometerem erros estratégicos, a não se tomarem más decisões e a desenvolver um trabalho dinâmico e sustentável. A “Carta Desportiva” é um exaustivo diagnóstico da situação desportiva do concelho, radiografando toda essa situação, sejam valências, sejam indicadores negativos, organizando um conjunto de indicadores indispensáveis ao planeamento, programação e desenvolvimento desportivo no concelho. Esse estudo não nos confronta apenas com uma análise desportiva no plano macro, mas descrimina essa situação nos diferentes segmentos do sistema desportivo local e nos diferentes contextos organizacionais da prática do Desporto. É um estudo feito através das autarquias em colaboração directa com todas as estruturas desportivas, associações de âmbito desportivo tradicional, clubes e escolas e com profissionais da área desportiva, professores e profissionais da área.
Fale-se com que sabe, discuta-se com quem anda no terreno, tirem-se conclusões, saiba-se o que se tem, como se trabalha, como se pode trabalhar. Corrijam-se os erros, faça-se um planeamento sério, direccionado e com objectivos. Implementem-se medidas e regras crie-se uma identidade desportiva. Muita gente pergunta porque é que Bragança “não funciona em termos desportivos”, julgo ter-vos dado a resposta. Torna-se evidente, falando com diversos agentes desportivos, que a actuação da Câmara Municipal de Bragança é ineficaz, é sazonal, não é direccionada e apoia-se “conforme os ventos” ou as “caras” dos intervenientes. Não há linha de seguimento, não há regras, não há regulamentação, em suma, existe sim uma gritante falta de planeamento desportivo e isso reflecte-se inclusive nas actividades do Dia do Desporto em Bragança. É tudo fruto de uma qualquer lembrança de um qualquer profissional dentro da câmara (pasme-se!!) e nem sequer faz parte da estrutura camarária própria para o efeito.
A estrutura desportiva da Câmara municipal de Bragança resume-se a uma piscina municipal onde se despejam técnicos, mas que não consegue proporcionar a uma cidade como Bragança uma abertura durante um ano inteiro (pasme-se novamente!!) fechando inclusive portas por períodos superiores a 1 mês e onde o horário de funcionamento fica limitado das 15h às 21h e das 10h às 19h aos sábados. Bom, mas seria este assunto digno de outra crónica.
Urge planificar para desenvolver, urge tratar o Desporto com a importância que ele deve ter, pois o desporto é, inclusivamente, uma possível fonte de receita turística.
A “Carta Desportiva” é uma ferramenta de trabalho pertença já de inúmeras câmaras municipais espalhadas pelo país, aqui bem perto, Mirandela fez inclusivamente 2 fóruns desportivos com vista à elaboração desta Carta. Bragança não…Bragança fica ao rumo de alguém…fica à mercê das vontades de certos intervenientes e que infelizmente, abraçando os destinos do Desporto municipal, nem sequer qualquer ligação na sua vida, profissional ou pessoal, tiveram com o Desporto.
É urgente parar e pensar….é urgente intervir para salvar o Desporto Brigantino….é urgente planificar!
Convém ter presente que, nos últimos 20 anos, o Desporto sofreu uma evolução que colocou completamente em causa a antiga forma de resolver as necessidades que gerava. Se há 2 décadas atrás o retrato-tipo do praticante desportivo se poderia sintetizar como “ Jovem – estudante – sexo masculino – estudante – média burguesia – centrado na competição” verifica-se que hoje este estereótipo foi completamente ultrapassado pois surgiram novos tipos de praticantes, novas modalidades, de diferentes níveis sociais e com novas motivações. Pergunta: E Bragança? Soube adaptar-se a estas novas “tendências” do desporto? Soube planificar de forma a exponenciar as valências desportivas da região, nomeadamente o desporto aventura e o desporto de natureza? Será suficiente em termos desportivos evoluir para aulas de hidroginástica? É com estas aulas que incentivamos os turistas a visitar o nosso concelho e a participar nas nossas actividades? Não! E aqui entram as associações que tanto têm trabalhado em prol destas organizações que têm cada vez mais adeptos. Esses sim, homens no terreno que sabem identificar o que “o povo gosta” e exponenciar as nossas valências.
Srs autarcas, estudem o que deve ser estudado, oiçam quem deve ser ouvido, planifiquem, organizem, executem e façam a devida gestão. O desporto merece, Bragança merece! Deixemos de cantar o triste fado do esquecimento…
segunda-feira, 17 de maio de 2010
S.A.B. É Cultura!
Mais um ano e mais uma Semana Académica que decorreu em Bragança. A Associação Académica do I.P.B. organizou mais uma vez este evento cultural que considero dos maiores do nosso concelho. É uma festa da juventude, um evento que marca todos os que terminam anos de estudo e se preparam para enfrentar o mercado de trabalho e passar à vida activa. A festa dos finalistas movimenta todo o mercado da cidade e do concelho, são centenas as pessoas que se deslocam à cidade de Bragança para assistir a este evento cultural. O mercado do concelho “mexe” com uma actividade organizada por jovens capazes, com responsabilidade e maturidade para engrandecer o nome da cidade de Bragança. Todo o comércio da cidade e do concelho “vive” esses dias. Mas há um reparo que tem que ser feito. O executivo actual da C.M.B. vê, na minha opinião, este evento de uma forma errada e não lhe atribui o real valor e a quem o organiza. Por este país fora, as autarquias, são os principais financiadores destes eventos, as Associações Académicas têm como aliado de peso os executivos camarários pois estes consideram, e há afirmações publicadas na comunicação social de alguns dizendo isso mesmo, importante apoiar a juventude nas iniciativas que movimentam os concelhos e enaltecem a sua imagem bem como promovem e aumentam o comércio local. Infelizmente em Bragança isso não acontece, este executivo vai retirando apoios a este evento de ano para ano. O líder do executivo, quando confrontado com esta situação na última sessão da Assembleia Municipal e questionado sobre o porquê desta falta de apoio não só não respondeu como não teceu qualquer tipo de comentário sobre o assunto. Com este tipo de atitude e forma de agir sinto-me à vontade para dizer que a falta de crédito que é atribuído aos jovens por parte do executivo se revela nestas situações, demonstram que estes eventos e, neste caso específico, a Semana Académica, não lhes é atribuido o valor que têm na realidade. É importante reflectir sobre isto e apelar ao poder autárquico que olhe os jovens de uma outra forma, apoiando e contribuindo para os eventos por eles organizados. Finalizo dando os parabéns à A.A.I.P.B. pela excelente organização e pela excelente forma como tudo decorreu mesmo com condições atmosféricas que em nada ajudaram! E claro... um voto de excelente sorte a todos os finalistas.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Benfica, futebol e mobilização social.
Terminou este fim-de-semana a Super Liga 2009/2010. O S.L. Benfica saiu vitorioso e aconteceu o que muitos já sabiam: Lisboa vestiu-se de vermelho. E esta onda vermelha que assolou a capital foi-se verificando um pouco por todo o país. Em Bragança, a festa foi semelhante, com centenas de pessoas a festejar em plena cidade, com a festa a prolongar-se noite fora no pavilhão do NERBA, aproveitando o facto de se celebrar a Semana Académica.
Segundo estatísticas oficias da Liga Portuguesa de Futebol, este campeonato teve 2.616.301 espectadores no seu somatório, 101.864 dos quais nesta última jornada. O que efectivamente, para um país como o nosso, é bastante gente.
Ora, quando assistia através da televisão e via as milhares de pessoas que festejavam pelas ruas de Lisboa, reflectia acerca do fenómeno futebol e de como esta é uma indústria de massas, com forte mobilização social, que movimenta milhões de euros anualmente, que gera emprego (directo e indirecto), que leva milhares todos os fins de semana aos estádios e que “prende” mais uns quantos em frente às Tv’s. Mas vi também cerca de 500 adeptos do Braga que se deslocaram propositadamente ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro para receber a sua equipa que chegava da Madeira: isto às 3:30 da manhã. Fiquei impressionado, confesso.
Mas logo me lembrei de inúmeros projectos que mereceriam esta mobilização social que se verificou mas que não conseguem ter o impacto que tem o futebol. Neste caso concreto, refiro-me ao "Voluntariado Jovem para as Florestas". Este programa tem como objectivo incentivar a participação no grande desafio que é a preservação da natureza e da floresta em particular, para assim reduzir o flagelo dos incêndios, através de acções de prevenção. As candidaturas decorrem de 01 de Maio a 15 de Agosto, inclusivé. Como incentivo, é ainda atribuída uma bolsa diária de €12 euros a cada participante, com direito a seguro contra acidentes pessoais e certificado de participação. Aqui está uma sugestão a todos os jovens, nomeadamente para os do nosso concelho. Participem!
Mais informações em http://www.juventude.gov.pt/Portal/Voluntariado/VolFlorestas/ ou directamente no IPJ de Bragança.
André Novo
terça-feira, 4 de maio de 2010
Recordar Abril
No passado Domingo, dia 25 de Abril, a Concelhia da Juventude Socialista de Bragança, assinalou a data de uma forma diferente: a projecção de um filme. Foi no Espaço Domus, em Bragança, um projecto inovador e muito atractivo gerido por dois jovens muito dinâmicos e com boas ideias, um exemplo a seguir. Cerca de duas dezenas de militantes da concelhia da JS Bragança reuniu com o intuito de celebrar a data assistindo á projecção do filme “Capitães de Abril” de Maria de Medeiros. Filme elucidativo dos acontecimentos durante a Revolução dos Cravos e que, na opinião do secretariado da CJSB é uma excelente forma de transmitir os ideais o verdadeiro significado da data para a nossa sociedade actual principalmente aos mais jovens. Tomou a palavra o coordenador da CJSB que, depois de dar as boas vindas a todos os presentes, centrou o seu discurso numa das problemáticas que afecta a sociedade de hoje: os excessos de liberdade cometidos. Frisou que, muitas vezes, se transforma liberdade em libertinagem, não só os mais jovens nas suas relações inter-pessoais mas também toda a sociedade em geral e principalmente a comunicação social. Continuou dizendo que é necessário que os valores conquistados em 25 de Abril de 1974 não se desvirtuem, não esmoreçam, e cabe aos mais velhos, aqueles que viveram as diferenças do antes e depois, não deixar cair a lembrança desta data e aquilo que verdadeiramente foi conquistado nesse dia: liberdade e democracia. Em seguida tomou a palavra o presidente da Concelhia do PS Bragança, Vítor Prada Pereira que abordou, entre outros temas, a elevação de quem faz politica. Disse que assistimos muitas vezes a discursos que ferem a integridade pessoal e intelectual de cada um muitas vezes sem provas do que se diz e que os valores da prática política não podem cair. Terminou deixando um pedido de reflexão sobre o verdadeiro significado da data. O filme “Capitães de Abril” relata a fase da implementação da revolução dos cravos desde a noite anterior até ao momento da libertação dos presos políticos da prisão de Caxias. Uma hora e trinta minutos seguida com atenção por todos em que se representa o esforço dos militares em devolver a liberdade e a democracia ao povo português, esforço esse que culmina com a rendição de Marcelo Caetano, refugiado com alguns ministros no Quartel do Carmo em Lisboa, ao General Antonio Spinola. Terminou mais uma actividade da CJSB com um lanche convívio no Espaço Domus em que foram trocadas impressões por todos sobre o filme e sobre o que verdadeiramente significa a da de 25 de Abril. A CJSB faz um balanço muito positivo da actividade, quer no que toca à militância, que no facto de todos os presentes se terem mostrado claramente satisfeitos. O objectivo principal desta actividade foi também alcançado, é importante manter vivos os ideais de Abril. A falta de democracia é ainda uma realidade provocando a falta de liberdade de expressão, de actos, de acções. Mas também há excessos dessa mesma liberdade. Nunca devemos de deixar de lutar por uma democracia plena e aplicar o verdadeiro sentido da palavra LIBERDADE. (...) Aproveitamos a oportunidade para deixar a ligação para o BLOG "Carpe Diem", um blog dos "nuestros hermanos" camaradas e amigos da JSZamora, com os quais temos mantido actividades transfronteiriças. Deixamos também o link do texto "La maldición Transmontina" da qual sublinhamos a 1ª frase: "Dos ciudades muy parecidas, Bragança y Zamora, hay multitud de cosas que les une, a pesar de ser dos pueblos que hemos vivido a espaldas del otro, separados por una frontera durante siglos, enfrentados en guerras y actualmente unidos bajo la misma bandera, la Europea.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
JS debate "Bullying"
No passado sábado, dia 17 de Abril, a Concelhia da Juventude Socialista de Bragança (CJSB), organizou um debate com o tema: “Bullying, Realidade ou Mito”. Com cerca de 100 participantes no Auditório Alcínio Miguel na ESTIG/IPB, esta actividade demonstrou a necessidade que questões como estas, merecem, devem, urge e impera que sejam debatidas.
Entre os oradores estiveram a Dr Manuela Santos, co-autora do estudo realizado a nível distrital com o nome “Descrever o Bullying na Escola”. O professor Luís Martins, professor com uma vasta experiência profissional. A Dr Isabel Parente, Assistente Social, a Dr Elisa Vieira, pedopsiquiatra e a Dr Ana Ribeiro, psicóloga.
Nesta actividade, foi escalpelizado de uma forma aberta, democrática e frontal este tema que tem tanto de actual como de melindroso, características essas que não impediram a CJSB de se debruçar e debater os problemas que preocupam os jovens e a sociedade em geral.
Feita uma apresentação dos números relativos ao estudo em causa, abordado o tema propriamente disto, foram realizadas várias análises à origem do “Bullying”, suas implicações, definições e problemáticas relacionadas.
Como não podia deixar de ser, foram lançadas algumas propostas para intervenção em casos de “Bullying”, propostas para minorar o seu impacto e ainda para combater este problema que nos afecta a todos como sociedade evoluída e do Sec XXI.
Num balanço final, este debate “Bullying, Realidade ou Mito”, a CJSB pensa que foi desmistificada essa realidade que é o Bullying, tendo os participantes ficado mais esclarecidos e elucidados acerca desta problemática que nos afecta a todos.
Para finalizar, a CJSB deixa um repto a toda a Sociedade Brigantina, no qual desafia essa mesma Sociedade a libertar-se de todos os preconceitos e debater estes problemas que a todos envergonham.
Fica também um desafio para a Câmara Municipal de Bragança (CMB), no sentido de esclarecer o que da sua parte tem sido feito para combater o impacto do Bullying, o que tem a mesma CMB feito para promover o debate e esclarecimento das populações e finalmente, se ainda não está na hora de dar esse passo que é a criação do Conselho Municipal de Juventude (CMJ), pois ficou mais que provado que os jovens têm a capacidade de opinar, pensar, actuar e acima de tudo, pondo “cores” de lado, debater de forma frontal e democrática os problemas que assolam a sociedade e assim contribuir para uma sociedade mais justa.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Debate - Bullying - Realidade ou Mito?
É pertinente discutir e conhecer para poder intervir.
Dra. Isabel Parente - Assistente Social
sábado, 10 de abril de 2010
O Impacto das Novas infra-estruturas rodoviárias de Trás-os-Montes
Após um interregno Pascal, o Blog da CJSB segue as suas crónicas semanais, desta feita com um texto assinado pelo professor Sérgio Afonso.
Nos últimos tempos temos ouvido falar bastante acerca da Auto-estrada Transmontana, que irá ligar Vila Real a Bragança, do IC5 que rasgará o distrito na transversal, fazendo um percurso idêntico ao actual IP4, mas a sul, ligando a região ao litoral e à fronteira, junto a Miranda do Douro e, ainda, do IP2 que atravessará o distrito pelo interior, de Norte a Sul, e ligará à nova rede de auto-estradas, nomeadamente, a A25 e a A23.
Ora, como todos os cidadãos transmontanos devem, certamente, saber o centro e sul do distrito de Bragança estão apenas servidos por estradas nacionais sinuosas que tornam bastante morosa a viagem pelos pouco mais de cem quilómetros entre Freixo de Espada à Cinta e Bragança, como de Bragança ao Porto, apesar de a distância ser o dobro.
Por outro lado, tem sido debatida e colocada em questão a importância destas infra-estruturas rodoviárias por várias individualidades de áreas profissionais bastante diversificadas e que, muitas das vezes, em minha opinião, acabam por não saber argumentar de uma forma coerente e devidamente articulada os verdadeiros prós e contras desta matéria. Podemos colocar a questão, porque é que certas pessoas, nomeadamente alguns políticos colocam dúvidas e tentam bloquear estas obras?
Mas trata-se apenas de uma questão de justiça social para com a região de Trás-os-Montes, trata-se da construção de estradas que permitem muitas das vezes salvar vidas, diminuindo a sinistralidade e promovendo a empregabilidade de famílias e jovens e a oportunidade de negócio para muitas empresas.
Será principalmente um investimento na nossa segurança, mas também um investimento para proporcionar melhor conforto e qualidade de vida àqueles que transitam nestas estradas.
Abordo esta questão na qualidade jovem cidadão e numa perspectiva de civilidade e cidadania, abrangido pelo apego forte à cultura transmontana e movido pela vontade de fixação na região e de dar o meu contributo ao seu desenvolvimento.
Mas, por outro lado, medito sobre esta temática com indignação porque enquanto trabalhador que sou, circulo quilómetros e quilómetros pela estrada e sinto as carências efectivas e a necessidade de melhores vias, desta forma não faz sentido nem se pode compactuar com a ideia de que não vale a pena modernizar as nossas infra-estruturas rodoviárias.
Quem afirma tal coisa não conhece os nossos problemas, não gosta da região e não sabe a dificuldade que os jovens têm em fixar-se.
No mundo global em que nos encontramos inseridos é imperioso combater a assimetrias e lutar contra a ostracização a que este povo tem sido sujeito ao longo dos anos. Cabe também aos jovens a tomada de posição rígida sobre as temáticas actuais da região e deixar de parte a resignação que muitas vezes é comum. Só assim se poderão criar condições de vida satisfatórias e potenciar a mobilidade entre distritos e evitar a desertificação.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Reunião da CPC e RGM
sábado, 27 de março de 2010
Uma questão de planos…
Se ao nível nacional, o Governo, consciente da importância do PEC, fez questão de o debater com a oposição, mesmo não estando obrigado a fazê-lo, por cá, a CMB, talvez por ignorar a importância do PDM, apesar de obrigada a aprovar a Revisão em Assembleia Municipal, tudo fez para dificultar a sua votação neste órgão, e qual lei da rolha à moda do forte S. João de Deus, não entregou aos membros da AM a documentação do processo, remetendo-os para o site do município!
E se o governo fez questão de ouvir a oposição e até de acolher alguns dos seus contributos, chegando inclusive a alterar a sua proposta de resolução, o Sr. Presidente da CMB recusou ouvir a opinião das diversas forças politicas representadas na AM, dizendo que essas opiniões deveriam ter sido dadas em sede de discussão pública e lamentando que os partidos não tenham dado aí o seu contributo.
Numa clara confusão de planos, ou, por outras palavras, trocando os papeis, o senhor presidente confunde as funções da discussão publica com as funções da AM. Nada que nos estranhe de quem classifica uma intervenção legitima de um Presidente da Junta como manobra de diversão ou de quem já confundiu as funções do CMJ com as funções dos Partidos políticos, mas penso que alguém lhe deveria explicar a diferença…. É pena que nem todos compreendam que um órgão democraticamente eleito como a AM e os seus membros merecem mais respeito!
Mas as diferenças entre PEC e PDM não se ficam por aqui. Como um mal nunca vem só, às trapalhadas na apresentação do PDM à AM junta-se a falta de qualidade do mesmo.
Seguindo a recomendação do senhor Presidente, fui á internet ver o projecto de revisão e deparei-me com um Plano que de estratégico tem pouco e de políticas de desenvolvimento nada.
Não quero ser poeta, perdão, profeta da desgraça, mas, se no caso do PEC, concorde-se ou não com algumas das opções tomadas, facilmente se compreende a sua razão de ser e os objectivos que se pretendem atingir, o PDM constitui um documento desadequado e desactualizado, sem qualquer estratégia de futuro ou motivação válida para as opções de base territorial adoptadas.
Sendo PDM o instrumento que “estabelece a estratégia de desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais políticas urbanas”, a sua revisão constituía, como referido no Relatório “uma oportunidade em si” com inúmeras potencialidades.
Infelizmente, no caso de Bragança, a revisão do PDM constituiu mais uma oportunidade perdida! Após 10 anos de espera, é com uma enorme desilusão que me deparo com um plano marcado pela falta de visão estratégica e de objectivos, sem qualquer para o modelo de organização espacial e com um plano de execução que passa ao lado das apostas necessárias ao desenvolvimento da cidade e do concelho.
De facto é tudo uma questão de planos… ou de falta deles! Faz-me lembrar um artigo recentemente publicado no DN. Bragança está mesmo a morrer e o Eng.º Nunes é o seu coveiro!
sábado, 20 de março de 2010
Bullying
Durante seu o desenvolvimento, as crianças e adolescentes atravessam fases de insegurança e frustrações e podem reagir demonstrando certa agressividade. O Bullying que é mais comum em ambientes escolares manifesta – se em agressões físicas e verbais; ameaças; chantagens; apelidos; racismo; intimidações; piadinhas; assédios; alienações; abusos e discriminações. A escola pode ser palco de todos esses comportamentos, transformando a vida escolar de muitos alunos em um verdadeiro inferno.
O fenómeno que na maioria das vezes é visto como apenas uma brincadeira, tem sido muito ligado às escolas enquanto Instituição, mas o ser humano é composto por toda a sua essência, ou seja, o aluno não se faz só na sala de aula, com a aprendizagem fornecida pelo conteúdo escolar, mas traz uma bagagem exterior do meio em que vive. Este vai influenciar directamente sobre as competências que o aluno deverá dar conta. É evidente que o problema não está apenas na faixa etária, mas no comportamento de cada um. O suporte social é então considerado um factor protector para o envolvimento em comportamentos de bullying.
Mas a prática de bullying não se restringe apenas à escola e às crianças e adolescentes. Na nossa sociedade praticamos bullying varias vezes, rotulando pessoas, alimentando, mesmo que veladamente, o preconceito, criando padrões de beleza.
Falamos muito sobre o Bullying, mas qual o papel que devemos de factor ensinar aos nossos jovens? Futuros trabalhadores e integrantes da sociedade. Qual é o resultado da educação para a formação do homem de hoje? O resultado que todos esperam da escola e da família é que o jovem saiba o seu espaço social, ou seja, um cidadão envolvido e comprometido com o colectivo, mais do que nunca tem se explorado a questão da cidadania. Esta é palavra de ordem para qualquer ambiente.
O esclarecimento pode, em muitos casos, facilitar o controlo dessas situações. Para que isso possa ser conseguido, é necessário que haja um diálogo entre os envolvidos. Isso evitará que os envolvidos tenham uma mensagem da sociedade que os problemas devem ser resolvidos com violência ou com a anulação moral dos mais fracos. A actuação preventiva nesses casos é a melhor solução.
domingo, 14 de março de 2010
AEC - Uma proposta
Como é sabido, a organização Curricular do 1º Ciclo tem sofrido algumas alterações ao longo do tempo, alterações essas fruto de novos conhecimentos, novos métodos, novas técnicas, novas exigências, novos “tempos” e novas formações entre outros. Prognosticam-se novas alterações relacionadas com o regime de monodocência, com o prolongamento do horário lectivo, com a Autonomia e Gestão Escolar, em suma, com as novas exigências a que a relação entre ensino/gestão/resultados está sujeita numa sociedade plural, globalizada e cada vez mais interdependente.
A falta de formação (mas não só) dos professores do 1º ciclo para serem polivalentes ao ponto de leccionar Matemática, Língua Portuguesa, Estudo do Meio, Expressões Plástica Musical e Dramática e Expressões Físico Motoras, levam à decisão de exclusão de algumas áreas (Curriculares disciplinares) em detrimento daquelas que se considerem preponderantes e “mais necessárias” ao bom desenvolvimento do aluno. Face a estas limitações de tempo, formação, espaços e materiais, a introdução das AEC (Actividades de Enriquecimento Curricular) vem suprir algo que há muito era reclamado por pais, professores e alunos, mas a que custo? É certo que ainda se vêem as AEC como actividades ministradas (não leccionadas) por animadores que vão à escola “ocupar” os alunos por algum tempo… e se me é permitido… é isso que tem vindo a acontecer! Muito por responsabilidade do Legislador, das Escolas, das Câmaras e em último caso, do cidadão!
Hoje em dia, estas AEC são também Actividades de Empobrecimento Curricular, dado que são leccionadas por alguns “acompanhantes” sem formação para o fazer, mas sempre no limite da legalidade a que os subterfúgios da lei já nos habituaram. Quem perde serão sempre os alunos, pois não têm pessoas com formação e competência a ensinar, a instruir como seria salutar.
As AEC serão também Actividades de Enriquecimento dos Compadres, pois como é público, muitas Câmaras promovem estas actividades vendendo-as a empresas cujo objectivo será sempre o “lucro”! Lucro este dividido com as ditas Câmaras! E sejamos sinceros… Qual é o Presidente da Câmara que não se “orgulha” em ter um amigo, um primo, um sobrinho… um “compadre” a trabalhar nestas AEC vulgo “jobs for the boys”? Quem perde?
Assim sendo e desta forma muito resumida, não posso deixar de propor algumas mudanças para que sejam atingidos outros patamares de qualidade do Ensino em Portugal.
1- Fim da monodocência. Os Professores não podem ser excelentes em todas as Áreas Curriculares.
2- Inclusão do Ensino do Inglês, Música e Actividade Física e Desportiva como Áreas Curriculares Disciplinares.
3- Colocação de Professores (e não animadores) em Concurso Nacional.
4- Responsabilização das Escolas pela organização e planificação das actividades.
5- Criação de uma Inspecção efectiva ao nível Municipal (AM) para Educação.
6- Responsabilização das entidades promotoras, concessionárias e empresas em casos de nepotismo, facilitismo e evidente incompetência.
7- Erradicação de todo e qualquer tipo de contrato precário, actualmente usados nos contratos AEC.
Mais importante que criticar, é apresentar soluções, opções, ideias, debater, sempre com o intuito de melhorar o “Statu quo” ou paradigma actual da Educação e o interesse dos alunos.
*Este texto é apenas um excerto/resumo.
terça-feira, 9 de março de 2010
(Des)Governo Municipal
quarta-feira, 3 de março de 2010
Informação ! ! !
Como espaço aberto e democrático que é, estará à inteira disposição de todos os interessados em contribuir de alguma forma para o enriquecimento deste espaço.
Haverá também lugar a intervenções de “convidados” a que lhes seja reconhecida a capacidade de engrandecer o debate e/ou competência para defender os interesses dos jovens mais especificamente, os jovens Brigantinos.
As crónicas estarão intimamente ligadas às áreas de formação/interesse dos intervenientes, sem esquecer a actualidade do Concelho, do País e claro está dos Jovens.
A seriação será a seguinte:
Nuno Miranda | Coordenador Concelhio | Estudante E. Superior |
Ângelo Pontes | Presidente C.P.C. | Professor E. Básico |
Sofia Gonçalves | Secretariado | Farmacêutica |
Rui Pires | Secretariado | Advogado |
Eduardo Fernandes | Secretariado | Estudante E. Secundário |
Cátia Miranda | Secretariado | Estudante E. Superior |
Mauro Trindade | Secretariado | Engº Físico |
André Novo | Secretariado | Professor E. Superior |
*Os textos serão assinados e o seu autor devidamente identificado, responsabilizando-se o mesmo pela publicação.
As crónicas serão descontinuadas mediante a oportunidade que a CJSB ache pertinente e sempre que se justifique uma tomada de posição da mesma, passando a crónica subsequente para a data seguinte.
ACTUALIZAÇÃO:
A periodicidade foi ajustada para Crónicas semanais com publicação aos SÁBADOS.